Mulheres se divertem aderindo a hobbies tidos como masculinos
Por Patrícia Pessoa
No campo profissional, as mulheres já provaram que podem ter um desempenho tão bom quanto a dos homens. Agora, elas também querem se divertir como eles, e resolveram invadir redutos de lazer tidos como masculinos. É o caso de motociclistas, que deixaram de lado a garupa para acelerar, ou das mulheres que praticam artes marciais e até pescaria.
De mera companhia, a mulher passou a estar inserida no universo predominantemente masculino como igual.
Segundo sociólogo, que não quis se identificar “a história explica o modo pelo qual as mulheres travam uma batalha para se igualar”. Para a psicologia o fenômeno faz parte da busca pelo autoconhecimento.
“Sempre gostei de assistir UFC (Ultimate Fight Champship), e achava muito show a Gina Garano lutando” diz Luciane Ribeiro, que começou a treinar Muay Thai por questões estéticas. Ela diz que, com o treinamento, aprendeu a ser uma pessoa mais regrada, centrada e determinada.
Uma das dificuldades enfrentadas por Luciane foi o fato de treinar com homens. “Eles acabam se segurando para não machucar, impossibilitando uma luta de igual para igual”, lamenta ela.
O Muay Thai é uma arte de defesa originária da Tailândia, aprimorada ao longo dos anos, e hoje muito praticada na atualidade por mulheres que buscam o condicionamento físico e o equilíbrio. “As mulheres tem mais facilidade de assimilar os movimentos e são mais centradas, por exemplo, se eu peço para girar o quadril, ela aprende rapidamente, já o homem demora mais tempo para realizar o movimento corretamente” diz o instrutor Leandro Caio, da equipe Bazéba.
“O Muay Thai é uma paixão, como muitos são apaixonados por voley, futebol , eu sou apaixonada por Muay Thai”.
Luciane Ribeiro.
Um hobbie menos radical, mas tradicionalmente visto como masculina é a pescaria. “Geralmente elas são mais caprichosas que os homens no seu arsenal e desenvolvem habilidades pertinentes à prática, como o conhecimento no manuseio do equipamento que é estudado em revistas pertinentes a prática”, relata o pescador Edson Piovesan.
Elas não se incomodam de estar em meio a tantos homens, gostam de se aventurar por locais selvagens e rivalizam com os parceiros em busca do maior peixe, vangloriando-se, tal como eles, pelas suas lutas memoráveis.
Maria de Fátima é um grande exemplo de paixão por este hobbie. “Comecei acompanhando meu marido e acabei me entregando à prática. Essa mudança de hábito trouxe uma singularidade para minha vida, a pescaria é um momento único de lazer, de sair da agitação da cidade e da rotina do dia-a-dia”, resume Fátima.
Ao contrário de Fátima, algumas mulheres preferem como hobbie a adrenalina das motocicletas. O grupo conhecido como Ladies Off Harley é a versão cor-de-rosa dos amantes da Harley Davidson. A ideia é a mesma: pegar suas motocas e cair na estrada. Só que as meninas deixaram as garupas e partiram para a linha de frente.
“Os pontos de encontro ainda têm predominância masculina, mas a mulherada está chegando...”. “Uma das dificuldades enfrentadas é o peso da moto, que facilita as quedas. Porém, como andam em grupos, elas se ajudam para levantar e prosseguir a viagem”, diz participante do grupo que não quis se identificar.
Seja pela paixão, pelo condicionamento físico, estética ou mesmo pela companhia, as mulheres estão rompendo as últimas fronteiras do universo masculino.
É vero, cada vez mais as mulheres estão fazendo e ocupando papeis antes exclusivo dos homens... Ainda bem!!! Parabéns pela matéria!!
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